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Dá a surpresa de ser.
É alta, de um louro escuro.
Faz bem só pensar em ver
Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem
(Se ela estivesse deitada)
Dois montinhos que amanhecem,
Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco
Assenta em palmo espalhado
Sobre a saliência do flanco
Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco.
Tem qualquer coisa de gomo.
Meu Deus, quando é que eu embarco?
Ó fome, quando é que eu como?
(Fernando Pessoa)
3 comentários:
Espectacular poema sensual e ao mesmo tempo ternurento de F.P.. Bela foto:) beijos
não me canso de ler Pessoa
sabes escolher tão bem o que partilhas
excelente este poema dele, onde a sensualidade se sente
beijinhos
lena
Lindo muito lindo adororei, já o postei no meu blog.
Beijinhos
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