Fotografia colhida aqui
Casa de sol onde os animais pensam
erguida nos ares com raízes na terra
ampla e pequena como um pagode
com salas nuas e baixas camas
casa de andorinhas e gatos nos sótãos
grande nau navegando imóvel
num mar de ócio e de nuvens brancas
com antigos ditados e flores picantes
com frescura de passado e pó de rebanhos
ó casa de sonos e silêncios tão longos
e de alegrias ruidosas e pães cheirosos
ó casa onde se dorme para se renascer
ó casa onde a pobreza resplende de fartura
onde a liberdade ri segura
(António Ramos Rosa)
de Voz Inicial(1960)
5.5.06
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6 comentários:
Lindíssimo:) beijos
belo! mais uma partilha que encanta que vem até aqui
"a casa onde se dorme e renasce"
obrigada pelo teu carinho Pink e deixo-te de Ramos Rosa:
Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e ternura lenta.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.
António Ramos Rosa
abraço-te com carinho, beijinhos para ti muitos, menina linda
lena
Olá Pink, sempre bonitas as tuas escolhas, perfeita a imagem. Um beijinho
É primeira vez que visito o teu Blog, e fiquei a gostar bonito texto excelente imagem.
Beijinhos
VIm deixar um beijinho...sem justifica��o! S� porque gosto de ti...
Princesa
"...ó casa onde se dorme para se renascer
ó casa onde a pobreza resplende de fartura
onde a liberdade ri segura"
Um escolha perfeita de Ramos Rosa. A imagem é linda!
Bj ;)
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