Foto retirada de http://pro.corbis.com/
Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma … Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.
Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas …
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.
E em duas bocas uma língua …, – unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.
Depois … – abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada …
Deixa a vida exprimir-se sem disfarce!
(Eugénio de Andrade)
11.1.06
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
5 comentários:
Deliciosamente erótico:) beijos
Hummm!!!
Nada melhor para começar o dia!
O amor exacerbado, num momento!
Bjinho
Olá Pink, muito bonito esse poema de Eugénio de Andrade, a foto está deliciosamente fundida com o texto, que sensualidade. Beijinho
Uau! que bela sensação da Vida.
Beijinhos,
Fui comentar o poema de Manuel Alegre...e, agora aqui estou...e, que dizer?
Belo também, mas mais erótico.
...nós trocaremos beijos e gemidos, sentindo o nosso sangue misturar-se...é Eugénio de Andrade.
Tens bom gosto na escolha das poesias que aqui colocas, parabéns!
Beijo.
Enviar um comentário