Imagem colhida na net aqui.
Nunca houve palavras para gritar a tua ausência
Apenas o coração
Pulsando a solidão antes de ti
Quando o teu rosto doía no meu rosto
E eu descobri as minhas mãos sem as tuas
E os teus olhos não eram mais
que um lugar escondido onde a primavera
refaz o seu vestido de corolas.
E não havia um nome para a tua ausência.
Mas tu vieste.
Do coração da noite?
Dos braços da manhã?
Dos bosques do Outono?
Tu vieste.
E acordas todas as horas.
Preenches todos os minutos.
acendes todas as fogueiras
escreves todas as palavras.
Um canto de alegria desprende-se dos meus dedos
quando toco o teu corpo e habito em ti
e a noite não existe
porque as nossas bocas acendem na madrugada
uma aurora de beijos.
Oh, meu amor,
doem-me os braços de te abraçar,
trago as mãos acesas,
a boca desfeita
e a solidão acorda em mim um grito de silêncio quando
o medo de perder-te é um corcel que pisa os meus cabelos
e se perde depois numa estrada deserta
por onde caminhas nua.
(Joaquim Pessoa)
9 comentários:
Podes correr e saltar...ele nunca mais te quer, nem com a poesia o consegues levar de novo para teus braços....fazes parte do passado....
Gostei.
Parabéns pelo blog, pelos post.
Bom gosto
Sê bem vinda, envolta neste poema de amor e paixão do J.Pessoa.
Abraço
Morfeu
Estes poemas de JP São maravilhosos!:)
beijos
Gostei. gosto sempre. *
Um lindíssimo poema de Joaquim Pessoa. E quando de amor se fala que mais se pode dizer?
Continua a amar!
Beijinhos
Estava com fome de poesia e com sede de paz...
Vim aqui beber à fonte!
beijo e saudade Fire!
Princesa
E quando os corpos fazem a vontade às palavras, então a poesia faz-se realidade.
Um beijo
Daniel
delicio-me...como sempre...um beijo. Mudei de endereço, agora estou por aqui: http://too4lost4inside.blogspot.com
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