12.1.06

Clandestinas madrugadas

Foto retirada de http://pro.corbis.com/

Quando
A noite geme
Baixinho
E vagueamos
Clandestinas madrugadas

Quando
Te encolhes
No meu peito
Silencias nos meus braços
E te fazes tão imensa

Quando
O desejo nos enlaça
E as mãos se libertam
Ansiosas

Quando
O fogo nos consome
Num ímpeto de prazer
E de calor
Há momentos de sono
E aventura
Há rios de amor
E de ternura
Há palavras rubras
De desejo
Há infinitos por detrás
De cada beijo
Há um corpo ardente
Que se abraça
Há lábios de fogo
E de loucura
Sedentos de beber
Na mesma taça.

(Albino Santos Oliveira)

4 comentários:

wind disse...

Belíssimo poema de amor e erotismo. A foto muito bem escolhida:)beijos.

SL disse...

O Al é realmente um poeta de mão cheia...e tu tens um bom gosto fantástico.
Jinhos

lena disse...

bom gosto como sempre, um dos mais belos poemas de Albino

beijinhos

lena

Kalinka disse...

Ahhhhh, sim, lindo demais.
Só o «nosso Amigo Albino» para escrever desta forma.
O seu talento é inconfundível.
Obrigado por o teres trazido para o teu blog e eu ter podido partilhar tão belas palavras.
Beijokas para ti e para o Albino.