18.7.06

Manto de ternura

Foto colhida aqui

Dizer-te, meu amigo,
que, à uma da manhã
e desta noite,
está lindo o nevoeiro

que um manto de sossego
assim inteiro
eu desejava dar-te
- e ter comigo.

Enviava-te um frasco,
se pudesse,
fechado em carta azul,

ou por fax de sol
(não fora o medo que o sol
o desfizesse)

Assim, mando daqui
esta espessura
de cheiro muito branco
e muito belo:

um manto de ternura
dobado num novelo,
que chegue
até aí.

(Ana Luísa Amaral)

7 comentários:

  1. É mesmo uma Ternurinha;)
    Lindíssima foto.
    beijos

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  2. Simplesmente, lindo e muito meigo.
    bjnhs doces

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  3. ...na suspensão do poema...daqui envio um abraço...
    Morfeu

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  4. Os acasos troxeram-me aqui. Li e gostei. Muitos sentimento. Sabe sempre bem..
    Bjs

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  5. OLÁ MINHA LINDA
    Finalmente cheguei aqui, as saudades são muitas.
    Encontro uma imagem fascinante, intitulada de manto de ternura, mas que nome tão a propósito.LINDO.
    Dizer-te, minha amiga, que às 3h 30m da manhã e desta noite, aqui ando a divagar por blogs dos amigos, que um manto de sossego me rodeia, adoro ficar «perdida» pela noite dentro.
    Beijokas com carinho.

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  6. Encantador, este poema! Bem, redondo e feminino.

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  7. Reler este poema não cansa, pelo contrário, aguça-nos o apetite por Ana Luísa Amaral. LOL estou a ficar fã desta autora :) joka

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